quinta-feira, 2 de julho de 2015

            Clarice Lispector e suas obras 

    Curiosidades e dicas sobre a autora de 'A hora da estrela'

                                                                     A escritora Clarice Lispector


   "Sou uma eterna apaixonada por palavras, músicas e pessoas inteiras. Não me importa o seu sobrenome, onde você nasceu, o que carrega no bolso. Pessoas vazias são chatas e me dão sono..." Gosta da Clarice Lispector? Uma autora completa e original, ela fez muito mais que contar uma história em seus livros. Sua obra está repleta de cenas cotidianas simples e tramas psicológicas, sendo considerada uma de suas principais características a epifania de personagens comuns em momentos do cotidiano
  
       Clarice se consagrou por seus livros repletos de reflexão, que instigam o leitor e o faz pensar sobre o que está ao seu redor. Era isso que a levava a escrever, o mundo á sua volta, com tudo de bom e ruim, mas onde sempre há algo para nos mostrar.
                                                        Panorama com a autora 

   Ainda não conhece a obra de Clarice? O blog preparou especialmente para você uma lista com três das mais importantes obras da escritora e a faixa etária indicada! Quer conferir?

    1 - A hora da estrela 

 Publicada pouco antes de sua morte, em 1977, "A Hora da Estrela" é a última obra de Clarice Lispector. Nesse livro, que tem como narrador Rodrigo S.M., alter ego da autora, há o retrato de uma jovem nordestina, Macabéa, que tenta sobreviver na cidade grande. A narrativa, complexa, é marcada pela presença dos conflitos existenciais da protagonista, bem como do próprio Rodrigo S.M.
Em "A Hora da Estrela", ficam visíveis algumas das principais características dos autores da terceira fase modernista no Brasil (posteriores aos romances regionalistas), como a utilização de análise psicológica mais aprofundada dos personagens, que revela, por meio da narrativa interior, o fluxo de consciência e o intimismo. No plano formal, há a preocupação por uma linguagem mais elaborada, com a presença das digressões, o uso inusitado da pontuação, ou mesmo sua ausência, as metáforas e a metalinguagem.
A partir de 14 anos

2 - Felicidade Clandestina 

 Felicidade Clandestina se inicia com um conto tirado das memórias de sua própria infância.
"Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme; enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria." Ao se lembrar de uma velha amiga dos seus tempos de menina, Clarice lembra-se também de quando descobriu Monteiro Lobato, um dos autores que mais lhe influenciaram na sua escrita.
  
"Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.", conta a autora num trecho do conto. E, no final, vemos que ali nascia sua grande paixão pela obra do escritor paulistano.
A partir de 12 anos

   3 - Laços de família

Laços de Família, publicado pela primeira vez em 1960, é um tesouro da ourivesaria literária. São treze contos, hoje tidos como clássicos. Entre eles, os festejadíssimos "Amor", "O crime do professor de Matemática", "O búfalo" e "Feliz aniversário", adaptado para a televisão por Ziembinsky. Neles s personagens são sempre surpreendidos por uma modalidade perturbadora do insólito, no meio da banalidade de seus cotidianos. Clarice cria situações onde uma revelação, que desconstrói e ameaça a realidade, desvela a existência e aponta para uma apreensão filosófica da vida.
A partir de 14 anos

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