domingo, 6 de março de 2016

Curiosidades


 


                      Contos de Fadas 

  Atravessando gerações, as célebres histórias infantis se disseminam em diversas mídias    

Chapeuzinho vermelho e a vovozinha                                                                                      'Chapeuzinho Vermelho' 

       Quem não conhece a história da Cinderela? Ou do Gato de Botas? E do Pequeno Polegar? Os contos de fadas estão tão disseminados em nossas diversas culturas que é praticamente impossível encontrar quem responda "não" a essas perguntas. Inicialmente, eles eram histórias passadas de boca em boca, geralmente entre os adultos, até serem recolhidas por autores como Charles Perrault (ou Pierre, seu filho, como veremos mais adiante) e os Irmãos Grimm.
  É em vista disso que o 'Sobre Arte' resolveu fazer uma lista com principais autores e histórias, narrando suas curiosidades e trajetórias. Você sabia, por exemplo, que 'Cachinhos Dourados e os Três Ursos' teve acontecimentos baseados na história de Branca de Neve em sua versão mais conhecida? E que Bela Adormecida já foi Rosa de Urze? Então, vamos lá!

Sobre Charles Perrault, ou Pierre 

     Um caso interessante de se lembrar ao falar de Charles Perrault, compilador de contos como 'Barba Azul', 'Cinderela' e 'Chapeuzinho Vermelho' é que seu filho caçula, Pierre, chegou a ser apontado como escritor da primeira edição de contos de fadas reunidos de Perrault. O motivo foi o nome de Pierre na folha de rosto dessa edição. Hoje os estudiosos não acham mais provável que o compilador daquelas histórias tenha sido Pierre Perrault Darmancout, pelo simples fato de ele estar com apenas dezoito anos na época que teria escrito as histórias. Provas concretas, ninguém tem. 

Bela Adormecida e Rosa de Urze 

  

Ilustração de Walter Crane, o "pai do livro infantil ilustrado"









 Os contos de fadas eram inicialmente tradições orais, transmitidas por boca de pai a filhos, e integravam a cultura de seus determinados países. No Brasil, por exemplo, temos o livro 'Contos da Carochinha', de Figueiredo Pimentel, uma coletânia de histórias populares do nosso país. Era isso que faziam Perrault e os Irmãos Grimm. Em uma das versões da 'Bela Adormecida', ela chamava-se Rosa de Urze. O ilustrador Arthur Rackham, em 1917, em uma ilustração para 'Rapunzel', desenhou urzes no primeiro plano, sugerindo uma conexão com o conto da princesa adormecida. 


Cachinhos Dourados e Cachinhos Prateados 

                              
    Um caso parecido aconteceu com 'Cachinhos Dourados e os Três Ursos'. Na versão ilustrada por Waler Crane, em 1873, a protagonista se chamava Silverlocks, ou seja, Cachinhos Prateados. O primeiro a registrar esse conto em forma narrativa foi Robert Southey, que combinou uma história norueguesa sobre três ursos com a famosa cena de outro conto de fadas, 'Branca de Neve', da versão dos Grimm, quando ela invade a casa dos sete anõezinhos. 

Andersen e os contos de fadas literários 

    Hans Cristhian Andersen inovou ao inventar seus próprios contos de fadas, ao invés de resgatar histórias orais. São dele 'O Patinho Feio', 'A Pequena Sereia', 'A Pequena Vendedora de Fósforos' e outros. Suas histórias com finais muitas vezes tristes incomodavam alguns, que estavam já acostumados com o "e foram felizes para sempre" dos outros contos de fadas. Nem por isso o encanto que seus contos causavam era menor. Hoje, por exemplo, temos uma espécie de Nobel da Literatura Infantil chamado 'Prêmio Hans Cristhian Andersen', devido á sua grande importância na literatura voltada aos pequenos leitores. 

Contos de Fadas no cinema 

 

 Desde muitos e muitos anos as histórias de fadas estão também embutidas em outras mídias, como o cinema, por exemplo. Um ótimo exemplo disso são os filmes da Disney, clássicos que se tornaram tão populares que muitos, por exemplo, conhecem hoje a Bela Adormecida mais por Aurora que por Talia. As animações em longa-metragem da Disney adaptados de contos de fadas surgiram em 1937, com 'Branca de Neve e os Sete Anões', que na época foi visto como uma "loucura", pois os desenhos animados naquele tempo costumavam não durar mais que poucos minutos, sem falar nas cores, que, segundo alguns, "cansariam a vista dos espectadores". Mas o sucesso foi tanto que logo vieram novos filmes nesse mesmo segmento, e continuam até hoje.

Os contos de fadas na TV 

   Atualmente reprisada pela TV Cultura aos sábados, a série 'Os Melhores Contos de Grimm e Andersen' é mais uma prova da dimensão que tomaram os contos de fadas. Produção alemã que estreou em seu país em 2008, o seriado adaptou clássicos como 'Mãe Hulda', 'Dinheiro das Estrelas', 'A Pequena Sereia', entre outros.

E, por fim, as releituras modernas 

                     


'Para Sempre Cinderela' e 'A Nova Cinderela' são apenas alguns dos exemplos de filmes que sugerem releituras contemporâneas de contos de fadas. Mas podemos encontrar dessas releituras na própria literatura. Em 2011, a 'Galera Record' lançou a coletânia juvenil 'O Livro das Princesas', contendo adaptações das princesas para os dias de hoje, por autoras consagradas entre o público teen, sendo elas Meg Cabot, Paula Pimenta, Lauren Kate e Patrícia Barboza. Paula, logo após o sucesso da coletânea, foi convidada pela 'Galera' a fazer a adaptação de mais princesas. Temos já 'Cinderela Pop' e 'Princesa Adormecida', e em Abril desse ano, sai mais um título, dessa vez baseado na história da 'Pequena Sereia'. E o 'Sobre Arte' espera ansiosamente!

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